![]() A dor e o sofrimento não são menores quando os animais são domésticos. Independentemente se doméstico ou silvestre, os animais sofrem da mesma forma. Os animais que temos hoje como domésticos foram selvagens um dia - essa nomenclatura é apenas uma convenção arbitrária. O comércio de animais domésticos é algo inútil à sobrevivência humana, baseado apenas na vaidade. Afinal, ter um pássaro, cão ou gato não irá aumentar as chances de sobrevivência de nenhum ser humano. De fato, vários seres humanos dependem do comércio de animais no mercado central. Da mesma forma, vários seres humanos dependeram do comércio de escravos no passado - e isso já foi "legal" um dia. Um dos argumentos usados contra a abolição da escravatura foi o de que havia um intenso comércio e que várias pessoas dele dependiam. O comércio de ópio (que deu origem a Hong Kong) já foi tão legal quando a escravatura. Á época, acreditava-se que era correto fazê-lo, até que a humanidade, em seu processo de evolução social, viu que não era. O tempo em que a humanidade irá perceber que o homem faz parte da natureza e que os animais não são para comércio, também chegará. Nossos conceitos utilitaristas de manipulação da natureza é o que tem nos levado a interferir negativamente no equilíbrio dos ecossistemas. Quantos pássaros exóticos são vendidos no mercado central? Qual o impacto dos Melopsittacus undulatus soltos, depois de comprados no mercado central? Ninguém estou isso a fundo.Conforme denúncia do Projeto infiltrado, o Vale do Paraopeba é a principal região que fornece animais ilegais para o mercado central de BH. Animais, que segundo a mesma reportagem, não são expostos, mas negociados na surdina, abafados pelo comércio "legal" de animais domésticos. A propositura da ação de proibição ao comércio de animais é abrangente: nenhum animal deverá ser vendido no Mercado central. Sejam eles domésticos ou selvagens. Proibir o comércio de animais no mercado central não é inviabilizar o trabalho de ninguém, pois eles poderão realizar outra atividade mais rentável. Eles permanecerão com seus spots e poderão desenvolver outra atividade comercial. Ser legal nunca foi justificativa para que nada fosse aceitável. Até pouco tempo, a mulher não podia votar e quando agredida, não tinha amparo legal. O Código Civil Brasileiro de 1916, concedia ao marido o poder de correção sobre a esposa, onde lhe era permitido castigá-la através da vis modica (violência moderada). A lei é descompassa à moralidade. Temos hospitais que andam na lei e que matam, projetos ambientais licenciados que poluem, escolas legais que não ensinam. Ser legal não é ser certo. Indica apenas que há uma previsão regimental. As condições insalubres que os animais estão vulneráveis no mercado central faz com que eles se tornem vetores de doenças. A leishmanionse viscera canina, a toxoplasmose e tantas outras... Transmissíveis aos seres humanos. Quantas famílias ficaram doentes por causa de doenças transmitidas pelo bicho que compraram lá? Não por culpa dos animais, mas por culpa de pessoas interessadas apenas no retorno financeiro, expondo-se ao risco e expondo os demais. O comércio de animais no mercado central - sejam eles diferentes por serem domésticos ou selvagens, mas iguais no sofrimento - é o mote dessa luta. Pela saúde das pessoas que ali trabalham e transitam, pelo fim do sofrimento de animais domésticos e fim do comércio de animais selvagens.
1 Comentário
Sueli
7/17/2014 12:01:40 am
Parabéns pelo protesto.
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